Copom se reúne e deve baixar juro para 6,75% ao ano

Copom se reúne e deve baixar juro para 6,75% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne pela primeira vez no ano nesta quarta-feira (7) e deve baixar a taxa básica de juros de 7% para 6,75% ao ano, de acordo com expectativa do mercado financeiro. A decisão do colegiado será divulgada após as 18h.

Se confirmada a previsão dos economistas, a Selic será reduzida pela 11ª vez consecutiva e alcançará o menor patamar desde a adoção do regime de metas para a inflação, em 1999. Também será a menor taxa de juros de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986.

A expectativa do mercado financeiro é colhida semanalmente pelo Banco Central, que depois a disponibiliza por meio do relatório Focus. De acordo com o mais recente relatório, os analistas esperam que o corte nesta quarta será o primeiro e o último de 2018, e que a Selic permanecerá no patamar de 6,75% até o começo de 2019.

A partir daí, preveem os economistas, os juros devem voltar a subir e atingiriam 8% ao ano no fechamento do ano que vem.

Como o BC define a Selic

A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%. Para 2019, é de 4,25%. O sistema, porém, prevê uma margem de tolerância, para cima e para baixo. Isso significa, por exemplo, que a meta não seria descumprida pelo Banco Central caso a inflação neste ano ficasse entre 2,5% e 6,5%.

Normalmente, quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. A expectativa é que a subida da taxa também eleve os juros cobrados pelos bancos, ou seja, que o crédito fique mais caro, e com isso freie o consumo, fazendo a inflação cair. Essa medida, porém, afeta a economia e gera desemprego.

Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz os juros. É o que está acontecendo neste momento. Para 2018 e 2019, o mercado estima um IPCA de 3,94% e de 4,25%, respectivamente.

Fonte: G1

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