Fórum discute educação financeira e rumos do mercado

Fórum discute educação financeira e rumos do mercado

Nesta terça-feira, dia 12 de junho, aconteceu em São Paulo, o IX Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada. O evento foi organizado pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) e reuniu especialistas no assunto que discutiram a previdência no Brasil e em outros países, além de análises da atual conjuntura econômica. , O presidente em exercício da Fenacor, Robert Bittar - que também preside a Escola Nacional de Seguros - participou do evento.

A abertura do evento contou ainda com as presenças de Edson Franco, presidente da Fenaprev, Joaquim Mendanha, superintendente da Susep, Jayme Garfunkel, vice-presidente da CNseg, Mauro batista, presidente do Sindiseg-SP e Marcelo Picanço, da comissão organizadora do evento na Fenaprev.

Com auditório lotado, cerca de 450 executivos do setor estavam presentes. Diversos executivos e autoridades do setor. Em seu discurso de abertura, Edson Franco, lembrou que esse ano haverá eleições e os próximos meses devem ser de reflexão sobre o que aflige a nação. Para Franco, o país sai lentamente da crise e “construir uma nação capaz de dar vida digna a seus cidadãos não pode ser ação exclusiva do estado”, reforçou.  O dirigente que é presidente da Zurich Seguros disse que o descontrole das contas públicas se reflete na falta de investimentos em saúde, infraestrutura. “O déficit crônico e crescente corrói os cofres”, sinalizou.

Ele apresentou dados do setor e disse que a sociedade brasileira mesmo que intuitivamente entendeu que a capacidade do estado é finita. “Em abril desse ano, a previdência privada atingiu 786 bilhões reais em reservas. Para ele, o Brasil ainda tem déficit no proteção de renda. “O país ainda não tem cultura de poupança. Temos muito o que fazer em termos de planos empresariais”, disse.

O dirigente também defendeu a necessidade de se melhorar o nível de entendimento dos problemas enfrentados pelo país. “Franco disse que é preciso facilitar o acesso aos indivíduos e às  empresas aos produtos. A formação de corretores especializados e fundamental e regulamentação da figura do agente”, defendeu.

O diretor da Fenaprevi, Marcelo Picanço lembrou que é preciso conscientizar a sociedade dos problemas futuros. “Outras sociedades e países passam por mudanças demográficas. Acreditar que o Brasil é uma ilha não ajuda a enfrentar os desafios. Não podemos empurrar os problemas para nossos filhos e netos”, disse ele.

Representando o Sindseg-SP, Mauro Batista também falou na abertura. “Temos de estar atentos às mudanças”, disse ele. Batista falou da importância da educação financeira e que o Sindiseg-SP, em parceria com  o Sincor-SP e com a Secretaria Estadual de Educação tem o Programa Viver Seguro que trabalha com alunos da escola pública a importância de se preocupar com o futuro. “Essa preocupação é de todos os seguradores”, disse ele.

Já o presidente em exercício da  Fenacor, Robert Bittar, que também é presidente da Escola Nacional de Seguros, destacou o crescimento do segmento de pessoas de 11,8%. “Estamos tendo uma distribuição do seguro de pessoas de forma mais abrangente na sociedade brasileira. O seguro de pessoas é um caso a parte a ser analisado na indústria de seguros”, disse ele. Ele  defendeu a revisão de marcos regulatórios e que algumas instituições mudem o perfil de negócios. “A Fenacor tem feito estímulos para que os corretores tenham diversificação dos seus negócios. Nos Estados Unidos, o corretor bem-sucedido é aquele que trabalha com seguro de pessoas”, afirmou.

O vice-presidente da CNseg, Jayme Garfunkel, disse que as provisões técnicas das seguradoras credenciam o setor como fonte de financiamento para os setores público e privado. “O envelhecimento impacta também a saúde suplementar, por isso insistimos na aprovação do Prevsaude”, defendeu.

Joaquim Mendanha, superintendente da Susep lembrou que está perto de completar dois anos à frente da instituição. Ele aproveitou a plateia para fazer um balanço desse período. “Em um período de 2 anos aprovamos mais de 32 circulares emitidas. A resolução 359 é um marco hoje de mudança para todo o setor”, analisou. Ele defendeu também a educação financeira. “É isso que vai nos perpetuar nesse segmento”, finalizou.

Fonte: cqcs

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