Tecnologia acelerou transformações no setor

Tecnologia acelerou transformações no setor

A Confederação Panamericana de Produtores de Seguros (Copaprose), em parceria com a Genesis Latam consulting, realizou no dia 6 de Agosto, sua primeira master class sobre o mundo do seguro. Na oportunidade, o CEO da Innovation@Reach, Gabriel Mysler, apresentou a palestra  ”autópsia de uma insurtech” e falou sobre a atuação da insurtech lemonade e a evolução da tecnologia ao longo dos anos.

Na ocasião, estiveram presentes, Francisco Machado, presidente da Copaprose,  Pasqual Llongueras, presidente da Genesis latam consulting e Giulio Valz, presidente da Associação Peruana de Corretores de Seguros.

Na abertura do evento, Francisco Machado, presidente da Coprapose, ressaltou o ineditismo do evento. “Estamos preparando também o primeiro congresso digital da Copaprose”, revelou.
Na ocasião, Mysler destacou que a atuação da insurtech não deve trazer grandes mudanças, mas o pouco que vai mudar será muito significativo. Ele mostrou a atuação da Lemonade e resumiu a atuação da empresa dizendo que a insurtech faz sua apresentação dizendo que companhias de seguros não querem pagar sinistros e que os corretores de seguros agregam custos e “nós, da Lemonade, protegemos as coisas que você gosta”, sintetizou.

Ele ressaltou ainda que as insurtechs falam com as pessoas incorporando tecnologia. “O que eles nos propõem é fazer com tecnologia.

Lemonade vende um seguro orientado por inteligência artificial e algoritmos em vez de empregados e corretores”, simplificou.

Ao questionar se as insurtechs são amigas ou inimigas, Gabriel Mysler fez um comparativo sobre como as pessoas escolhem um liquidificador.

Há diversos modelos. Uns mais simples e outros mais sofisticados, algumas pessoas preferem comprar pela internet e outras preferem buscar uma loja e contar com a ajuda de um vendedor.

Giulio Valz, presidente da Associação Peruana de Corretores de Seguros, disse ser inegável o impacto da transformação digital no mercado de seguros, mas o que representa a Lemonade é dinâmico. “Por mais que tenhamos uma plataforma digital disponível como a Lemonade, não acredito que seja uma ameaça aos corretor de seguros, porque temos valor agregado ao esclarecer a apólice,  entregar aos clientes o que está por trás das condições e limites”, disse.

Mysler concordou e lembrou que há seguros que são complexos e precisam de explicação, porém, ressaltou ele que alguns clientes sabem muito sobre o produto que procuram porque buscam informação.

Ele lembrou que muitas pessoas desconfiam que as seguradoras não querem pagar os sinistros. “O desafio dos corretores é que quem dá garantia é a seguradora. A proposta do corretor para o cliente é dizer que ele está ali para garantir que o produto que o cliente comprou terá garantia, mas a Lemonade diz que corretor só agrega custo”, ressaltou.

Gabriel Mysler disse que o problema não é a mudança, mas a velocidade e a  pandemia acelerou a transformação.

Giulio Valz disse que a diferença é que a adaptação dos corretores é linear e a mudança é exponencial. “Os clientes querem a mudança e já fazem isso. O seguro está imerso no mundo e as pessoas têm necessidades e emergências”, disse.

Gabriel exemplificou com as inspeções no seguro auto. “Mandamos um inspetor e, hoje, pode ser feita com celular. Insurtechs fazem com celular e a pandemia acelerou a digitalização e tecnologia nas pessoas. As pessoas fazem tudo por celular e internet”, pontuou.

Para ele, as mudanças vão acontecer mais rápido. “Temos que ser mais ágeis porque quando a velocidade de mudança ultrapassa a velocidade de adaptação, a solução é obsoleta”, disse.

Gabriel ressaltou que a pandemia acelerou a transformação. “Muitas vezes a crise obriga a mudar a mentalidade. Aproveitemos a crise para mudar nossa percepção do mercado e não pensar que o consumidor de seguros é diferente de nós quando consumimos outros produtos e serviços”.

Ele lembrou que há clientes de todo tipo e gosto e, por isso, é preciso se  reinventar todos os dias. Giulio ponderou que o corretor pode usar de ferramentas como venda direta e cross selling. “A transformação chegou e os corretores devem estar atentos a elas”, destacou.

O presidente da associação peruana de corretores lembrou que no Peru não há insurtechs e as companhias estão aperfeiçoando as plataformas digitais.

Gabriel reforçou que é importante perguntar sobre o que se vende. “Seguros ou prevenção?”, questionou. Para ele, as  pessoas estão tentando comprar e, de repente, uma adaptação ao momento que estamos vivendo proporcionado pela tecnologia. “Estamos tentando nos adaptar a tecnologia”.

Para ele, adaptação é sinônimo  de capacitação. “Não podemos voltar ao  que se era  antes da pandemia ou antes da tecnologia porque já não somos quem éramos antes”, disse.

Gabriel reforçou ainda que a tecnologia não é um fim, é um meio por isso, é preciso buscar um modelo de negócio que seja escalável. “Temos que ser capazes de fazer um serviço inovador. Somos capazes quando falamos com um cliente? Sabemos fazer a pergunta correta? Sabemos o que ele quer? Vendemos para nós ou para o cliente?”, provocou.

Ele defendeu ainda que a insurtech seja pensada a partir da perspectiva do cliente que hoje hoje está baseada na tecnologia. “A insurtech usa da tecnologia para melhorar os processos e chegar melhor aos clientes”, disse.

Giulio Valz disse ainda que os corretores devem ser capazes de mexer na tecnologia porque é importante para a informação que os corretores precisam organizar.  “Analisar a maior velocidade possível para atender os clientes e entender os mecanismos de serviço e detecção de sinistros que são automatizados.  Acredito que os corretores são gestores de tecnologia em nossa própria organização”, ponderou.

O evento foi acompanhado em cerca de 15 países.

Fonte: CQCS

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